A curiosidade é minha marca principal. Procuro sempre investigar, conhecer, debater.

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Compartilhar o que aprendemos é deixar um legado para as futuras gerações. Além disso, é sinônimo de generosidade e também uma tentativa de ensinar a construir um mundo melhor, um mundo integral, onde tudo e todos importam porque são partes do todo. Compartilhar conhecimento é construir um mundo holístico.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024


 OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO

Quando eu era adolescente e estava no meu (antigo) 2º grau, minha escola fazia com que lêssemos um livro por semestre e depois tínhamos que fazer prova sobre o livro. Era difícil para um bando de crianças na época. Mas valeu demais porque aprendi a gostar de livros (não e-books), aprendi a escrever e aprendi o valor dos grandes autores. 
Recentemente, tive vontade de fazer algumas releituras. Comecei com o livro que achei o mais difícil na época: O Ateneu, de Raul Pompéia. Li, e ainda achei difícil! Mas, pelo menos, compreendi melhor a história!...eu acho...
Agora estou relendo um clássico de Érico Veríssimo (um dos meus escritores prediletos e pai de outro escritor que amo: Luis Fernando Veríssimo). Estou relendo "Olhai os Lírios do Campo". 
É um romance maravilhoso e, de certa forma, muito atual (embora tenha sido escrito em 1938!). E relendo, me deparei com um trecho fantástico do livro! (E agora me permitam um "spoiler", mas não deixem que o "spoiler" lhe tire a vontade de ler o livro. Vale a pena!).
O texto é uma carta da personagem Olívia para seu amado Eugênio, que a deixa para ele após a sua morte. Olívia sabia que Eugênio era inseguro com tudo e também com respeito a Deus. Eugênio se dizia ateu, mas na verdade era um revoltado com Deus por conta de sua vida pobre e humilhante. Olívia, ao contrário, cria em Deus a ponto de ter uma vida feliz, embora também fosse moça pobre. 
O texto dessa carta, quando li o livro pela primeira vez, me levou por curiosidade a ler o texto da Bíblia ao qual ele se referia, no entanto, não ficou bem nítido o sentido porque eu tinha 15 anos e, apesar de não ser ateia como Eugênio, eu não era muito religiosa. Mas achei o texto bonito e romântico, só não percebi a profundidade das palavras de Jesus, na ocasião.
O texto ao qual Olívia se refere, se encontra no Evangelho de Mateus, capítulo 6, versículos 28 e 29. Vale a pena ler o texto todo, chamado Sermão do Monte que vai do capítulo 5 ao 7. Nesse texto Jesus fala sobre as ansiedades da vida e nos tranquiliza dizendo que Deus conhece tudo o que precisamos, basta que olhemos o que ele criou e como cobriu sua criação de bênçãos sem fim. 
"Olhai os lírios do campo" é uma exortação para que vejamos a glória de Deus na natureza e, também é uma prova de sua existência. 
Na carta de Olívia, Érico Veríssimo coloca com mestria (é óbvio) sua interpretação desse texto. 
Melhor transcrevê-lo:
Primeiro Olívia fala sobre o ateísmo, tentando fazer Eugênio entender que existe sim um Deus e que o mal vem de nós e não Dele:
Deus é tão poderoso que está presente até nos pensamentos dos que dizem não acreditar na sua existência. Nunca encontrei um ateu sereno. Eles se preocupam tanto com Deus como o melhor dos deístas.
O argumento mais fraco que tenho contra o ateísmo é que ele é absolutamente inútil e estéril; não constrói nada, não explica nada, não leva a coisa nenhuma.
Mais adiante, Olívia fala sobre os lírios do campo:
Os homens deviam ler e meditar esse trecho, principalmente no ponto em que Jesus fala sobre os lírios do campo que não trabalham nem fiam, e no entanto nem Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu como um deles.
Está claro que não devemos tomar as parábolas de Cristo ao pé da letra e ficar deitados à espera de que tudo nos caia do céu. É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas construções. E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer uma pausa para olhar os lírios do campo e as aves do céu
Lindo, não? Acho que devíamos presentear muitas pessoas (dentre as quais os políticos) com esse romance, já que, para alguns que se dizem "ateus" e outros simpatizantes de Cristo é muito custoso ler a Bíblia. Quem sabe, por pura curiosidade, como eu fiz, eles queiram ler o Sermão do Monte...o resto é com o Espírito Santo!

segunda-feira, 5 de agosto de 2024


 O PODER DA PALAVRA

Diz o sábio no livro de Provérbios em seu capítulo 18 versículo 21: A morte e a vida estão no poder da língua. Me diga, concorda com isso? A Bíblia nos dá exemplo de como esse poder se dá. Há vários textos que nos advertem quanto ao poder da língua, da palavra. 

Jesus ficou maravilhado quando um centurião romano lhe pediu ajuda para curar seu servo querido dizendo que ele não era digno que Ele entrasse em sua casa mas apenas uma palavra Sua e seu servo seria salvo. Ele tinha essa consciência porque era chefe de um exército e com apenas uma ordem sua falada os soldados obedeciam. E assim foi feito. Jesus disse "seu servo está curado" (palavra de comando) e o centurião voltando para casa encontrou seu servo bem novamente.

E, dentro desse contexto, o livro de Tiago também nos adverte quanto a língua, em seu capítulo 3, nos versículos 4 e 5, ouçam : Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.
Pois é, hoje em dia o que mais fazemos é falar, mesmo que por digitação de mensagens. Falamos o que queremos, dizemos o que vem na mente e nos vangloriamos que somos apenas sinceros e verdadeiros. Muitos não percebem que certas "verdades" são de fato falta de educação, ofensa e maldição. 

Em Psicologia, estudamos o poder da sugestão, ou seja, a palavra de comando que pode fazer uma pessoa se curar ou adoecer. Isso é visto no dia a dia também, e usado de forma indiscriminada e criminal (algumas vezes) por líderes e políticos do mundo todo. 

Palavras distorcidas, palavras torpes, palavrões, palavras de coragem, de fé, palavras de incentivo e de descaso. O ser humano gosta de falar. Tudo bem. Tem vezes que falar faz bem. Tem vezes que falar é curativo. A psicoterapia trabalha com as palavras. Elas são importantes para desaguar os traumas contidos e mal elaborados. Mas quando não temos consciência de que precisamos falar para nos curar, usamos as palavras como avalanches levando tudo que encontra montanha abaixo. 

Cada emissão de uma palavra pode ser libertador ou  aprisionador. O pior é quando a palavra se volta contra seu emissor. É, isso acontece! 
Deus criou o mundo com a Palavra. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (Jo 1.1). Se somos seus filhos, temos esse poder por hereditariedade e a Bíblia nos previne a fazer bom uso das palavras.

As bênçãos são palavras de comando na vida de uma pessoa. As maldições também.

Cuidado com o que fala, cuidado para quem fala, cuidado como fala. Use sempre palavras de bem. Palavras são energias que se são boas retornam para quem as proferiu fazendo o bem também ao emissor.
Ao entrarem na casa, saúdem-na. Se a casa for digna, que a paz de vocês repouse sobre ela; se não for, que a paz retorne para vocês. (Mt 10.12,13).

Então, meus queridos, que a Paz esteja sobre vocês!

segunda-feira, 8 de julho de 2024


 A MANEIRA CERTA DE AGIR

Uma máxima empresarial tomou as ruas e virou ditado popular: "o certo é o certo, mesmo que todos estejam fazendo errado, e o errado é errado, mesmo que todos estejam fazendo o certo". De fato, não há relatividade no errado ou no certo. Eles são absolutos. Assim como o pecado. Ele também é absoluto, nem que seja um "pecadinho". O pecado não é relativo, como muitos hoje em dia estão colocando. E, pasmem, até alguns cristão se enveredam pela relatividade do pecado.

Ao se dizer cristão, você não só tem que ser cristão, mas também parecer com cristão, ou seja, agir como. Acho graça de algumas pessoas que quando são perguntadas se possuem religião falam "sou tal" e quando perguntamos se segue os preceitos de sua religião, dizem "não, apenas gosto da doutrina ou da filosofia". Como assim? Não há relatividade em Cristo, ou em qualquer forma de fé. A fé relativa é dúvida. Fé é a certeza de coisas que se esperam, e que não se veem, já dizia o autor de Hebreus (11.1). 

Independente da religião ou da crença que você segue, não dá para ficar em cima do muro! Em nossas igrejas (evangélicas) tenho visto muitas pessoas assim! Ficam lá como simpatizantes, mas não se comprometem, ficam só (como costumamos dizer), no banco. Ok, melhor do que nada, mas uma hora será necessário tomar uma posição assertiva, absoluta. 

No caso de cristãos, é imperativo que se tome ações corretas de agir. Assim, para os que se dizem cristãos, segue algumas orientações importantes tiradas do texto de Gálatas 1.6-10:
1) Conheça bem a mensagem que você diz crer - como aparecem cristãos dizendo "abrobrinhas"! Falam como os papagaios, ou seja, apenas repetem o que outros falam sem nem sequer questionar. Há várias passagens na Bíblia que nos exortam a ler a Palavra (Js 1.1; At 17.11; Hb 4.12; Lc 11.28 etc), para falar com segurança, devemos conhecer sobre o que estamos falando.
2) Não distorça a mensagem - a Palavra de Deus é absoluta, a Verdade, portanto, tudo o que passa disso é anátema (Gl 1.8-11). Não devemos forçar o texto bíblico para nos servir, não devemos fazer a Palavra se encaixar em nossa realidade, mas nós é que devemos ter a maneira correta de agir conforme a Palavra.
3) Não crie barreiras desnecessárias para apresentar o Evangelho - quando pertencemos a Cristo, temos dons que geram ministérios. Temos que usar esses dons e ministérios para o Reino de Deus. O serviço para o Senhor não tem aposentadoria e não se prende a qualquer impedimento, qualquer mesmo. Sei de cristãos que em meio ao leito de hospital, em estado terminal, falavam do Evangelho para médicos e enfermeiras e mostravam o quanto estavam tranquilos com tudo isso. Os profissionais ficavam encantados, alguns se converteram. Então, não dê desculpas. 
4) Observe o contexto em você está - atue com o que o Senhor lhe dá como ferramentas do meio onde você vive. "Brilha no meio do teu viver" já diz o hino.

Enfim, essas recomendações são para aqueles que são simpatizantes do cristianismo, que ainda não tomaram uma atitude assertiva e definitiva por Cristo. Mas também são para pessoas que fazem um serviço "meia bomba" para o Reino. E também para cristãos valorosos que servem conforme a palavra de homens que supostamente atuam como líderes espirituais. Você se encaixa em alguns desses tipos? Será que aqueles que não creem estão vendo Cristo em você?

Termino com as palavras de Charles Negreiros, escritor e colaborador do Manancial (livro de devocionais), que escreveu o devocional do dia 02/07/2024, com o título que também é epígrafe desse artigo:
Você quer agradar a Deus mesmo? Então, repreenda com amor os que já creem quando estiverem se desviando da verdade do Evangelho. Aos que não creem, você já sabe, mas vou dizer assim mesmo: brilhe a luz de Jesus Cristo na vida deles, seja a Bíblia que eles não leem, a igreja à qual eles não vão. (grifo meu)

Aja da maneira correta de agir. Lembre-se o pecado não é relativo e o certo também não!


(Baseado no texto de Charles Negreiros, Manancial 2024, do dia 02 de julho)

sábado, 15 de junho de 2024

 TODA DOR É POR ENQUANTO

Já dizia Eclesiastes, "tudo tem o seu tempo determinado..." (Ec 3.1) , e segue descrevendo coisas sazonais reais e abstratas. 


Sim, o tempo passa, e com ele as coisas que ele trouxe. Tudo, de fato, passa, até nós passamos! Nada é para sempre e nada volta. Seguimos em frente como se estivéssemos em um trem que para de estação em estação. Pessoas sobem, pessoas descem. E o trem segue. Um dia, somos nós que vamos descer.

Sei que esse "papo" parece meio mórbido, mas, na verdade, é um "papo" de esperança. Há coisas que precisam mesmo passar, como, por exemplo, a dor. Seja uma dor física ou uma dor emocional, ela incomoda, irrita, inquieta, nos debilita. Mas que bom que toda dor é por enquanto! Porque como todas as coisas, ela também passa. Precisa passar. 

O mundo atual é cheio de dores, muitas dores. E Jesus Cristo diz que é só o princípio (Mt 24.8), mas essas, por piores que sejam e por piores que ficam a cada dia, também vão passar (Ap 21.4). 

Na minha profissão, eu trabalho com as piores dores que existem: as emocionais. Não há um remédio que tomado de 8h em 8h durante 3 dias faça passar. O remédio para essas dores é o tempo. Aos poucos ela vai direcionando para outro momento e como crianças acabamos nos entretendo e paramos de chorar. 

O problema é o tempo que o tempo leva para aliviar as dores. É muito tempo! Mas isso é só uma percepção. O tempo leva o tempo que tem que ser: o tempo certo de todas as coisas. O problema é que dor incomoda demais e, então, começamos a sentir nosso tempo como se não fosse acabar. Mas, acredite, é só por enquanto. Vai passar.

O importante é que cada dor imprime uma história de vida em nossas mentes que nos amadurece e nos fortalece. Sei, sei, parece absurdo o que estou dizendo, mas vejam, o vaso de barro para ficar forte precisa passar pelo fogo. Assim somos nós, forjados de dor em dor. 

Mas ela passa, é por enquanto. E em sua passagem, vem o tempo da alegria, do regozijo. Esse é o fôlego que Deus nos dá. E, saibam que esse fôlego também dura muito tempo, mas como é prazeroso, sentimos como se fosse só um instante. Não é. Talvez devêssemos aproveitar mais o tempo da alegria com a mesma intensidade que sentimos o tempo da dor. Por que não?

Seja como for, Eclesiastes tem razão, tudo tem seu tempo certo debaixo do sol. Portanto, se agora há alguma dor no seu coração, alguma tristeza, saiba que...é por enquanto! Vai passar. O Tempo é o melhor remédio (e agora escrevi "Tempo" com letra maiúscula porque Deus é o Senhor do tempo, aliás, Ele é o próprio Tempo). 

Chore, sinta, grite, esperneie, mas saiba que é só por enquanto. Aproveite o momento para se fortalecer e tirar lições porque daqui a pouco vem a alegria e é hora de "curtir" intensamente.

Dedico esse texto a todas as pessoas que sofrem: os enlutados, os enfermos, os solitários, os dependentes químicos, os que enxergam a vida como se não valesse a pena. Saibam que vale a pena sim! Saibam que toda dor é por enquanto! A alegria vem logo!


sábado, 4 de maio de 2024

A MELHOR DECISÃO DA MINHA VIDA 

Um dia, conversando com um amigo, ele me contou que uma conhecida sua tinha dado um ponto final no seu relacionamento de alguns anos. Ela se expressou com a frase "foi a melhor decisão da minha vida". 

Há uns anos, bem antes do meu amigo mencionar esse episódio, uma colega de trabalho estava em um momento filosófico da sua vida e conversando comigo sobre o livre-arbítrio me disse que o problema da humanidade era justamente esse: o livre-arbítrio, porque nos dá o poder decisão, de escolha, mas, disse ela, o problema é que não sabemos escolher, e quando o fazemos, é sempre a pior escolha.

Fiquei pensando nesses dois episódios e busquei um sentido nisso. E a pergunta que ficou em minha mente foi: afinal de contas, como podemos afirmar com segurança que uma decisão tomada foi a melhor de nossas vidas? A resposta veio em seguida: provavelmente só saberemos com segurança, quando, passados algum tempo, talvez anos, verificarmos que nossa vida seria bem pior se tivéssemos ido por outro caminho. Então, não há como afirmar, como fez a conhecida do meu amigo, que tomamos a melhor decisão de nossas vidas tão logo a tomemos. Talvez seja melhor dizer: naquele momento me pareceu que foi o melhor a fazer. 

As melhores decisões de nossas vidas não são tomadas sem uma reflexão e sem uma estratégia. Optar não é algo fácil. Se for feito num impulso, provavelmente será a opção errada. E opções erradas levam a arrependimentos e a pensamentos acusadores do tipo "pensei que seria a melhor decisão da minha vida"! 

Decisões precisam ser tomadas, mas também precisam ser pensadas. É mais difícil quando emoções estão envolvidas. As emoções fazem as tomadas de decisão doerem! Dói tomar decisões e dói também não tomá-las. Aliás decidir não decidir, já é uma decisão, dói de qualquer jeito!

O fato é que a cada momento da nossa vida estamos tomando decisões, e nem percebemos. Mas as decisões mais sérias, não devem ser tomadas de impulso. Para tomar uma decisão que poderá ser, sim, a melhor decisão da sua vida, antes devemos nos conhecer bem e saber dos nossos limites e o caminho que queremos seguir. Depois vale fazer uma pesquisa de mercado (saber de outras pessoas que tomaram aquele caminho como estão e como foi seguir por ali), por fim, e não menos importante, precisamos em oração, perguntar o que  Deus pensa dessa decisão. 

Ah! Você não é cristão? É de outra religião? Ou mesmo é ateu? Tudo bem, experimente tomar a decisão de orar a Deus mesmo assim. Taí uma decisão que pode ser tomada sem pensar muito, porque, com certeza é a melhor decisão da vida.

Sabe, decidir exige muita responsabilidade, por isso, sempre é bom ter a cumplicidade de alguém que nos ama incondicionalmente.

Muitas vezes, decisões de outros nos afetam profundamente. Algumas decisões que outras pessoas tomam podem nos fazer muito mal. Penso que pode ter sido o que aconteceu com o namorado da amiga do meu amigo 😕! Mas, no final das contas, se eu pudesse, diria a ele que está tudo bem, algumas vezes, se olharmos bem, o outro, na verdade, tomou a melhor decisão das nossas vidas!! Mas, para perceber isso, devemos entender que nós precisamos somente de duas pessoas para nos ajudar nas decisões: Deus e nós mesmos! 

Seja como for, tome decisões. Tome a decisão de ser feliz e de fazer alguém feliz. Tome a decisão de se amar, de se cuidar, de seguir firme em um propósito. Tome a decisão de ser o milagre que você gostaria de ver no mundo! Tome a decisão de não permitir que a decisão do outro interfira na sua felicidade. 

Não tenha medo das decisões! Você as domina! Não elas a você! Apenas controle os desejos impulsivos e "bora ser feliz"!




sábado, 2 de março de 2024

PEQUENAS COISAS, GRANDES PROBLEMAS 

As notícias não são boas. A epidemia de Dengue tem se alastrado pelo país. Mais de 600 pessoas já morreram. E, embora esse número pareça pouco diante da pandemia de Covid, vamos lembrar que se trata de 600 almas que foram ceifadas, talvez cedo demais, por conta de uma picada de um mosquito. Um mosquito!! Sabe qual o tamanho dele? 0,5 a 1 cm!!! Pegue uma régua. Veja quanto significa isso. Mas, note, um ser tão pequeno é um matador em potencial de outro ser que é imensamente maior do que ele!


Esse pequeno ser, é o transmissor da dengue, chikungunya ("abrasileirando": chicungunha), zica e febre amarela! Todas doenças tratáveis, que podem ser prevenidas, mas com grande potencial de morte.

Me preocupa saber que, diferente da Covid quando a proteção e prevenção era somente o isolamento social e a vacina, a dengue é contraída até mesmo dentro de casa. E quem transmite não é outra pessoa, é um mosquito que invade seu lar e rouba sua saúde. O arsenal contra ele ainda é fraco. Mas a arma mais potente é "matar o mal pela raiz", ou seja, evitar a proliferação.

Às vezes, em termos emocionais e até espirituais, temos medo daquilo que parece um monstro: ansiedades, depressão etc, mas deixamos de verificar que essas coisas começam com pequenas coisas, a tal gotinha d'água! Um "start"!

As pequenas coisas são capazes de grandes coisas e, muitas vezes de grandes problemas. Diante delas nos sentimos como Golias diante de Davi. Desprezamos seu potencial por conta de seu tamanho, mas vamos lembrar que esse foi o grande erro de Golias (fora o fato de que ele também desdenhou do Senhor Deus). Precisamos estar atentos às pequenas coisas que nos fazem mal: pequenos problemas, pequenos insetos, pequenos rumores...

Temos que lembrar que "uma pequena brisa pode ser anúncio de uma grande tempestade". Tudo no mundo começou e ainda começa com pequenas coisas. Muitas vezes as pequenas coisas podem até ser algo do bem, o que não invalida o fato de que temos que estar atentos a elas.

O pecado também começa com uma pequena coisa, do tipo "o que que tem?" e, como o aedes, o pecado tem grande potencial de morte, seja literal ou espiritual.

As grandes ideologias começaram com um simples pensamento de alguém, algo pequeno que cresce quando compartilhado. Uma simples sugestão mental, se transforma em guerra. Um mal-entendido, "mal falado", um pequeno boato, tudo isso tem potencial para se transformar num grande Golias.

Como seres humanos, racionais (será?), inteligentes (será?), devemos estar atentos ao que se inicia pequeno, seja o que for. Nunca devemos desprezar nada e ninguém por seu tamanho, mas devemos enxergar seu potencial para o bem ou para o mal.
É  claro que há um lado bom nisso tudo! Sempre há! Davi era pequeno e destruiu Golias, grandes empresas começaram com pequenos negócios, uma pequena fé pode mover montanhas e por aí vai. No entanto, o mundo não tem essa análise quando se trata de coisas pequenas. Em geral, nossa tendência é ignorá-las e com isso perdemos o que elas podem construir de coisas boas e também perdemos a prevenção das coisas que elas podem construir de mal. 

Nos tempos atuais, nunca foi tão urgente que passemos a analisar as pequenas coisas: mosquito, projetos de lei, um único caso de uma nova doença, concessões para condenados, uma palavra, um gesto.

Palavras, então, ufa! como são perigosas! Temos que ter cuidado com o que falamos. A palavra tem o poder de vida e de morte (Pv 18.21). É um pequeno pedaço da língua portuguesa, mas com grande potencial. 

Enfim, vamos estar atentos às pequenas coisas. Nada de desprezar o que é pequeno: seu potencial pode surpreender!

PS: VAMOS CUIDAR DO COMBATE AO MOSQUITO. VAMOS LEVAR A SÉRIO. PESSOAS ESTÃO MORRENDO! CUIDEM-SE!


sábado, 3 de fevereiro de 2024

DE CRISTÃO PARA CRISTÃO

Tenho observado bastante algumas igrejas e alguns cristãos. E como sou uma leitora assídua da Bíblia, tenho feito comparações. 
Com isso, me assusta perceber o quanto estamos distante da Lei que prometemos cumprir e professar! Como me parece que nos perdemos em algum lugar do mundo moderno e nos tornamos a "geração do que-que-tem"! Tudo parece meio fora dos trilhos e meu medo é de descarrilarmos! (Pois é, a Bíblia diz que nós vamos (descarrilar)!!!).
Mas o pior de tudo isso é verificar que a maioria das pessoas da "geração do que-que-tem" é cristã. A igreja deveria ir ao mundo, mas foi o mundo que entrou na igreja e a tem destruído...aos poucos, sutilmente, igual a história do sapo (o sapo tem sangue frio, se colocarmos ele diretamente em água fervendo, ele dará um salto e pulará fora d'água, mas se colocarmos ele na água e esquentarmos aos poucos, ele vai morrer), assim parece a igreja diante do mundo, como o sapo.

Tirei alguns textos do livro de Êxodo (só do livro de Êxodo, por enquanto. E só alguns!) para tentar correlacionar (ou não) com a igreja e os cristãos de hoje em dia. Vamos ver?
1) Êx 20.3 - Não terás outros deuses diante de mim.
É claro que aqui se fala da idolatria (do grego: eidololatria - eido = ver, perceber com os olhos e latreia = serviço sagrado, adoração). Pela definição, podemos entender que a idolatria se refere a todos os "deuses" (ídolos) que tomam o primeiro lugar que é do Senhor Deus em nossas vidas. Assim, um crente idólatra é aquele que ama mais seu filho, dinheiro, partido político, artistas, pastores, igreja etc mais do que a Deus. (Conhece algum cristão assim? Eu conheço alguns!...Você é assim?!! Espero que não!!)
2) Êx 20.7 - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
Quem nunca falou coisas como "Meu Deus!", "Por Deus!" etc? Bem, eu já. Mas o nome de Jesus (que é sobre todos) tem estado tanto na boca do povo e em jargões que virou até piada, brincadeiras para provocar os cristãos. Mas, pasmem, os cristãos riem e gostam e entram na brincadeira ("que que tem"?)
3) Êx 23.1 - Não espalharás notícias falsas, nem darás mão ao ímpio, para seres testemunha maldosa.
Esse mandamento quase que dispensa explicações. O que tem de cristão repassando fake news (sim, porque hoje se fala tudo em inglês, é mais chique!!) em grupos de wsapp e até em bate papo. Nem se prestam a consultar a veracidade da notícia. Não chegam aos pés dos crentes de Bereia (At 17.11)!!!
4) Êx 23.8 -  Também suborno não aceitarás, porque o suborno cega até o perspicaz e perverte a palavra dos justos.
O suborno é uma forma de corrupção. E é o que mais vemos hoje em dia: pessoas se corrompendo por ideias, por outras pessoas, por...(bem, desnecessário continuar)... "trinta moedas de prata" (Mt 26.15)
5) Êx 23.13 - ...do nome de outros deuses nem vos lembreis, nem se ouça da vossa boca.
Alguns cristãos falam o tempo todo no inimigo e em outros deuses, e até os invocam!!! Pura vaidade! Só para mostrar que não têm medo e que são tão santos que podem fazer essas coisas. Mas aqui não é uma questão de medo, vaidade ou santidade. É uma ordenança, temos que obedecer. A igreja deve ser cristocêntrica (ponto).
Bem, vou parar por aqui. Mas existem outros textos da Bíblia que estão sendo ignorados por cristãos que não leem a Palavra e se deixam levar por "falsos profetas", preferem mesmo acreditar em "carros e cavalos" (Sl 20.7) do que no Poderoso Deus. 
Estamos mesmo na era da Igreja de Éfeso. Vão à Bíblia! Leiam o que o anjo diz à igreja de Éfeso! Eu te desafio! Só digo uma coisa: como essa igreja, a nossa também tem esquecido o primeiro amor (Ap 2)
Vamos voltar à Ele?!

 PS: Não estou nesse texto me excluindo. Sou cristã e também já cometi esses erros. Mas apenas tenho tentado observar melhor as Leis de Deus e não dos homens e tenho tentado me corrigir dos meus maus caminhos. Tenho tentado ardentemente seguir o conselho que Deus deu para Josué (Js1).

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024


 ALVORADA DE UM NOVO ANO
Quem diria que já estamos quase terminando a primeira semana do ano de 2024!
Quando eu era mais jovem ficava imaginando como eu seria em 2024. Com certeza mais velha, mas estaria com boa aparência, mais sábia, com cabelos embranquecendo, saudável...? Enfim, era um exercício de imaginação e ao mesmo tempo um treinamento de preparação para o futuro. E eis que o futuro se transformou em presente e sinto que algumas coisas estão exatamente como imaginei, mas muitas outras não seguiram como pensei. Por que? 
Primeiro porque podemos até planejar o futuro, mas ele pertence a Deus. Como será, quem estará lá, eu estarei lá? Tudo isso não dá para prever. Só podemos tentar estimativas, mas jamais uma certeza. 
Segundo porque no decorrer dos anos, as coisas mudam, eu mudo, você muda. Precisamos nos adaptar ao que vem, e isso mexe com nosso comportamento e planejamento.
E por fim, porque amadurecemos. Criamos senso, juízo. O tempo nos ensina a viver. Somos mais precavidos, prudentes, estáveis, adultos. Ou pelo menos deveríamos ser.
É interessante esse tal de tempo. Ele é livre e (desculpem o paradoxo) altamente atemporal! Mas temos a pretensão de dominá-lo dividindo-o em etapas, eras, anos, meses e até horários. Dessa forma, fazemos com que nossa contagem nos garanta uma organização mental do desenvolvimento de nossas vidas. Pura ilusão, mas funciona!
Passamos recentemente do ano de 2023 para 2024. Ok, sistematizamos o tempo. Mas ele não é assim, é direto, corrido! Só que isso não nos basta. E se formos deixar que ele siga como quer, com certeza acabaremos nos perdendo. Então, é muito bom pensar que a virada de um novo ano, o alvorecer do dia primeiro de janeiro, trará um novo ciclo, uma nova etapa.
Chegamos mesmo a fazer planos...que não cumpriremos😊!Mas fazemos e isso é muito bom. Dá a sensação de controle e ajuda a afastar a ansiedade. Mas devemos lembrar que é só planejamento porque o tempo é regido por Deus. Aliás creio que Ele é o Senhor do tempo. Por isso nos é tão difícil entendê-lo. Por isso também Cristo Jesus diz em seu Sermão do Monte descrito no Evangelho de Mateus, capítulo 6, que não seríamos capazes de acrescentar um "côvado" (podemos interpretar como "um dia") ao curso de nossas vidas, quando estamos ansiosos por ela. E acrescenta que Deus é que sabe disso, temos apenas que acalmar nossa ansiedade entregando nosso futuro ao Senhor do tempo.
Sendo assim, não é algo ruim demarcar o tempo. Apenas não podemos achar que com isso o dominamos. É importante planejar, organizar a vida. Planejamento é uma ótima arma contra o caos que por sua vez é o pai da ansiedade. 
Então, como dizia um amigo meu, vamos planejar o futuro, curar o passado e viver o presente! Só não devemos esquecer uma recomendação de Tiago (Tg 4.14,15): "Contudo, vós não tendes o poder de saber o que acontecerá no dia de amanhã. Que é a vossa vida? Sois, simplesmente, como a neblina que aparece por algum tempo e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis afirmar: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”. 

FELIZ ANO NOVO! FELIZ TUDO NOVO!
(Se o Senhor Deus quiser!!🙏)

sábado, 23 de dezembro de 2023

  E POR FALAR EM NATAL... (epílogo)



SÍMBOLOS NATALINOS - PARTE 2

 PAPAI NOEL

Ásia Menor, século 4 três moças da cidade de Myra (onde hoje fica a Turquia) eram extremamente pobres. O pai delas não tinha nada, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu.

Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento. E viveram felizes. Tudo graças ao sujeito dos saquinhos. O nome dele? Papai Noel.

Bom, mais ou menos. O tal benfeitor era um homem de carne e osso conhecido como Nicolau de Myra, o bispo da cidade. Não existem registros históricos sobre a vida dele, mas lenda é o que não falta. Nicolau seria um ricaço que passou a vida dando presentes para os pobres. Histórias sobre a generosidade do bispo, como essa das moças que escaparam do bordel, ganharam status de mito. Logo atribuíram toda sorte de milagres a ele.

Nicolau, segundo consta, nasceu na Turquia em 280 d. C. Tornou-se bispo, e era um homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

E um século após sua morte, o bispo foi canonizado pela Igreja Católica. Virou São Nicolau.

 

ROUPA DO PAPAI NOEL

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.

 

O REAL SENTIDO DO NATAL

Diante de todos esses elementos, o que para nós cristãos importa é que Jesus, o Cristo de Deus veio ao mundo. A promessa de Deus se cumpriu. O Salvador da humanidade estava entre nós.

Muitos acreditavam que Jesus viria para livrá-los do jugo de Roma. Havia, de fato, uma crença que o enviado de Deus seria mais como um líder político do que espiritual. A mensagem original do salvador estava meio distorcida pelos anos e anos que se passaram antes que a profecia se cumprisse.

Não temos que julgar o mundo da época por sua crença distorcida da importância da vinda de Jesus o mundo. Não era de se estranhar que as pessoas não acreditassem que o próprio Deus habitaria entre nós. Isso era algo quase que inimaginável de acontecer. Jamais um Deus se misturaria com os humanos. Ele era Deus! Por isso, toda a crença em Jesus ficou prejudicada.

Jesus nasceu de forma milagrosa sim. No entanto, apesar das Escrituras não mencionarem sobre sua infância e adolescência, não fica difícil deduzir o porquê. Provavelmente, Jesus tinha uma vida como qualquer ser humano normal tinha. É possível que Jesus brincasse, fizesse travessuras, ajudasse seu pai na carpintaria etc. devemos lembrar que o Espírito Santo veio sobre Ele somente no batismo de João. Até então, Jesus era um homem comum.

O nascimento de Jesus nos deixa algumas lições:

1.    Maria foi chamada, “agraciada”, para cumprir uma missão. Tal missão era de extrema importância. Mas devemos pensar que todos nós que cremos em Jesus Cristo, somos, por ocasião de nossa conversão chamados para algum ministério. Não existe um cristão genuíno sem ministério. Não existe o “cristão de banco de igreja”.

2.    Somos mordomos de Deus. Maria não só ouviu seu chamado como o aceitou. Maria foi um mordomo de Deus, ou melhor, uma governanta de Deus! A mordomia de Maria nos ensina que devemos fazer a obra que Deus nos deu com tudo o que somos e o que temos. Maria serviu a Deus com seu próprio corpo. Jesus serviu a Deus com sua vida e nos deixou esse exemplo a seguir.

3.    Mais do que comemorar o nascimento de Jesus com festas, compras e presentes, devemos comemorar com entrega, serviço, bondade e compaixão. Na verdade o que chamamos de Espírito Natalino, é o próprio Espírito Santo movendo nossos corações. Por isso, o Natal de Jesus deve ser comemorado não só em dezembro mas em todos os dias durante o ano, porque todos os dias são um nascimento, todos os dias representam milagres que não se repetem como foi o nascimento de Jesus.  cada dia nascemos novamente e morremos novamente, portanto, o Natal é diário.

4.    Lembre-se que o nascimento de Jesus era predito a mais de mil anos antes Dele nascer. Na verdade, já estava predito em Gênesis (Gn 3.15). Por isso, não podemos esmorecer. Jesus voltará. Não importa quanto tempo passe. É promessa de Deus. Será cumprida.

5.    Talvez o que o Natal de Jesus nos dê de mais importante é lembrar, pelo menos anualmente, que um ser maravilhoso nasceu por minha causa e por sua causa. Ele veio para nos salvar de nós mesmos. Mas o Natal representa o momento em que o processo da nossa salvação se iniciou.

6.    Temos que lembrar que seu nascimento foi urgente porque nós estávamos a beira da morte. Temos que lembrar disso todos os dias. E respeitar Jesus em todos os momentos e não fazer dele um popstar, uma figura como o Papai Noel, um amuleto. O nascimento de Jesus nos ensina muito. Se puder comparar, pense no que você sentiria se estivesse com leucemia grave e seus pais resolvessem ter mais um filho que poderia ser o doador da medula que salvaria sua vida? Como você acha que esse filho seria tratado? Ele seria seu salvador, Ele veio para te livrar da morte. Seu nascimento seria o momento de comemorar dois nascimentos: o dele e o seu. Portanto, mais do que presentes e outros elementos, vamos comemorar o nascimento de Jesus e o nosso! É também nosso aniversário! Jesus nasceu porque estávamos condenados e revivemos!

FELIZ NATAL...DE TODOS!!!!

 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

                         E POR FALAR EM NATAL... (parte2)



SÍMBOLOS NATALINOS - PARTE 1

OS TRÊS REIS MAGOS

Não há nenhuma evidência de que eles tenham existido. E, mesmo segundo a Bíblia, não dá para dizer que eles eram três – nem que eram reis.

Os três reis magos da Bíblia, que teriam estado entre os primeiros visitantes do menino Jesus, só são mencionados em um dos quatro evangelhos, o de Mateus.

Nos 12 versículos em que trata do assunto, Mateus não especifica quantos eram os tais magos. Do texto original, sabe-se apenas que eram mais de um, porque a citação está no plural. Como o grupo levou três presentes (ouro, mirra e incenso), a tradição acabou derivando a ideia de que cada um teria trazido um tesouro para o bebê, e assim eles viraram um trio.

Além disso, não há nenhuma menção de que eles eram reis. Foi apenas no século 3 que eles receberam o título de reis – provavelmente como uma maneira de confirmar a profecia contida no Salmo 72: “Todos os reis cairão diante dele”. Cerca de 800 anos depois do nascimento de Jesus, eles ganharam nomes e locais de origem: Melchior, rei da Pérsia; Gaspar, rei da Índia; e Baltazar, rei da Arábia.

Afinal, devemos aos magos a tradição de dar presentes no Natal. No ritual da Antiguidade, ouro era o presente para um rei. Incenso, embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a mortalidade e mirra, simbolicamente associada à cura, aos ritos religiosos e como presente para Jesus, representando a devoção e o reconhecimento da divindade.

Mateus usou a palavra grega mágoi para se referir àqueles que visitaram Jesus. Essa palavra provavelmente se refere a pessoas que se dedicavam à astrologia e a outras práticas de ocultismo

ÁRVORE DE NATAL

Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha,com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.


PRESÉPIOS

Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII. As músicas de Natal também fazem parte desta linda festa.

A ESTRELA DE NATAL

Astrólogos da Antiguidade tinham o costume de acreditar que alguns fenômenos aconteciam em razão do nascimento de um rei, motivo pelo qual teriam considerado a aparição da estrela como anúncio do nascimento de Jesus.

Astrônomos do século XVI explicaram que a Estrela de Belém se tratava de um cometa, mais precisamente o cometa Halley. Porém, este cometa apareceu bem antes do nascimento de Jesus, no ano 12 a.C. Além disso, outros cometas poderiam ter sido confundidos com a estrela de Belém, mas registros astronômicos comprovam que nenhum deles passou pela Judeia, podendo ser visto a olho nu, na época do nascimento de Jesus.

 

No NT explicado versículo por versículo de R.N.Champlin, as hipóteses para esse fato foram somente mencionadas, uma vez que várias teorias ao longo dos séculos se formaram sem que nenhuma delas fosse dada como exata. São somente hipóteses, alguma das quais possíveis de ocorrer embora, cientificamente, nada é provado para aquele exato momento. Resta-nos apenas acreditar que existiu uma estrela que guiou os "reis" magos até Jesus e sua aparição foi somente um momento divino e milagroso.



Continua...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023


 

E POR FALAR EM NATAL... (parte1)

A HISTÓRIA DO NATAL – Jesus nasceu mesmo em 25 de dezembro?


A história do Natal começa, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol.

 A comemoração em Roma, então, era só mais um reflexo de tudo isso. Cultuar Mitra, o deus da luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno – pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano. Seja como for, o culto a Mitra chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.

As datas religiosas mais importantes para os primeiros seguidores de Jesus só tinham a ver com o martírio dele: a Sexta-feira Santa (crucificação) e a Páscoa (ressurreição). Isso tem uma lógica: não fazia sentido comemorar o nascimento de um santo ou mártir, uma vez que ele só se torna uma coisa ou outra em sua morte.

Além disso, os fiéis de Roma queriam fazer frente às comemorações pelo solstício. E colocar uma celebração cristã bem nessa época, viria a calhar. Então, em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus sugeriu que o aniversário de Jesus fosse no dia 25 de dezembro, quando se comemorava para os gentios o nascimento de Mitra, deu sol. A igreja aceitou a proposta e o Festival do Sol começou a mudar de homenageado!

No entanto, dezembro é o mês mais improvável para o nascimento de Cristo, porque o inverno no Hemisfério Norte ocorre nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, logo, se Jesus tivesse nascido nessa época, estaria muito frio, mas, segundo Lucas 2.8, na época do nascimento de Jesus havia pastores e seus animais no campo! Não seria viável que isso acontecesse em época tão fria. Esse costume dos pastores (de estarem nos campos) era propício para os meses da primavera ao outono. O mês de Quislev (dezembro) é um período de inverno e fortes chuvas (Jr 36.22; Es 10.9; Zc 7.1). Inclusive seria também inviável a viagem de Maria nessa época.

Embora não haja nada que impeça a comemoração simbólica no dia 25 de dezembro, essa definitivamente não é a data historicamente apropriada de seu nascimento.

Ninguém deixaria o rebanho ao relento nessa época do ano. Igualmente, a viagem de Maria e José não seria apropriada numa época de inverno. Pelas limitações da época, qualquer trajeto de mais de 100 quilômetros exigia grande esforço. Assim, os tempos próprios para viagens longas seriam: Páscoa (ou Pessá, em abril), no começo do plantio; Pentecostes ou Shavuot (junho), sete semanas depois, quando os primeiros frutos estavam maduros, e Tabernáculos (ou Sukkot, em outubro), quando os últimos frutos eram colhidos.

Qual seria, portanto, a data certa para o nascimento de Cristo? O dia é difícil dizer, mas existe uma possibilidade quanto ao mês. Para descobrir qual seria, basta fazer uma análise de três fontes: o evangelho de Lucas, o calendário judeu e o livro de I Crônicas 24:10. Começando por Lucas, esse evangelista dá a informação de que, antes do nascimento de Jesus, houve o nascimento de João Batista. Em Lucas 1:5, 23-28 é dito que Isabel ficou grávida de João quando seu marido, Zacarias, ministrava no Templo como sacerdote. Ora, Zacarias trabalhava no chamado turno de Abias. O que seria isso?

I Crônicas 24 explicita como Davi dividiu os sacerdotes em 24 turnos de 15 dias cada um. Assim, os turnos cobririam o ano inteiro. O verso 10 diz que Abias ficou com o oitavo turno. Contando que eram dois turnos por mês e que o calendário judeu começava no mês de Nisã, que equivale a março/abril, entende-se que a segunda quinzena de Tamuz (julho) seria o tempo do anúncio do nascimento de João Batista e o início da gestação de Isabel.

Com nove meses, Isabel deve ter dado a luz no mês de Nisã, que seria março/abril. E quanto a Jesus? Lucas 1:26-36 diz que Maria ficou grávida quando Isabel, sua parente, estava no sexto mês de gestação, o mês de Tibete (dezembro/janeiro). Logo, Jesus nasceria nove meses depois disso, no mês de Etanim, que seria setembro/outubro. Essa, portanto, seria uma hipótese bastante razoável para a época do nascimento de Jesus.

Seja como for, dezembro ou outubro, o importante é que o nosso Salvador nasceu!

 

Continua...

 

sexta-feira, 3 de novembro de 2023


 BRASIL E/OU ISRAEL

Temos escutado todos os dias as notícias da guerra entre Israel e Palestina, mais especificamente, entre Israel e o Hamas. São notícias preocupantes e ao mesmo tempo tristes. Muitos inocentes estão perdendo a vida com essa guerra. E a preocupação invadiu o mundo. E alcançou tal proporção que a outra guerra que está ocorrendo (ainda) pertinho dali, entre Rússia e Ucrânia, ficou um pouco esquecida. Todos estamos com os olhos voltados para Israel.

Para nós, cristãos, a guerra de Israel tem um significado pra lá de político, tem um significado espiritual. Mas é nesse ponto que reside um pequeno problema: Israel não é nossa pátria, o Brasil sim. E, por mais, que qualquer guerra seja de interesse mundial, a guerra em Israel não deve ser motivo de prioridade em nossas orações! 

Por que? Explico, mas antes de mais nada preciso dizer que esse é meu ponto de vista! Essa é a forma como interpreto tudo isso. 

Começo dizendo que Israel não é nossa pátria e nem mais aquele é o povo escolhido de Deus. Esses que estão em guerra são os  chamados Israelenses e o povo de Deus eram chamados de israelitas! Embora alguns digam que Israelenses e Israelitas são a mesma coisa, há uma sutil diferença entre essas palavras. O povo que lá está é em sua maioria de judeus ortodoxos, aqueles que creem sim em Jesus, mas como um profeta e não como o Cristo de Deus.

Povo de Deus é aquele que confessa e reconhece o Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Tanto assim que a Palavra de Deus fala que as bênçãos que antes era para o povo escolhido, agora seriam também para os gentios, porque o povo escolhido rejeitou Jesus. Mas todos que o aceitaram, sendo povo escolhido ou não, receberam a bênção de serem filhos de Deus, seu povo, cidadãos do seu Reino (Jo 1.12). Esses formam o povo de Deus que não é a nação Israel da atualidade. Nossa pátria espiritual chama-se Nova Jerusalém, a cidade santa, a cidade mencionada no Apocalipse (Ap 21.2), aquela que descerá do céu para acolher seu povo. 

Mas, é claro que tudo isso não impede que tenhamos um carinho especial por Israel e que oremos por ela. Só que não podemos como cristãos deixar de orar também pela Rússia e Ucrânia e outras nações que sofrem com guerras, fome, terremotos etc. 

Porém, e acima de tudo, devemos ter nossos olhos na nossa pátria aqui. Em primeiro lugar em nossas orações deve estar o Brasil. Nosso país, tão lindo, tão fértil, tão acolhedor, diria literalmente "abençoado por Deus", sofre com a violência, a falta de segurança, de saúde, de escolas etc. Nós também temos nossas guerras. E aqui no Rio de Janeiro, a guerra do tráfico já matou muito mais do que muitas guerra por aí e ninguém fala sobre isso. Nossa cidade do Rio de Janeiro tem vivido dias de terror com a violência. Nosso país precisa de nós e de nossas orações.

Não podemos querer salvar a floresta amazônica se a samambaia de nossa casa está morrendo! É ilógico! Não faz sentido.

Então, sim, vamos orar para que essas guerras tenham a direção do Senhor, mas não vamos esquecer de orar fervorosamente pelo nosso país. O Brasil é a nossa pátria, nossa casa. VAMOS ORAR PARA QUE O BRASIL SEJA SALVO PARA JESUS!

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

VIOLÊNCIA      

Essa semana tivemos uma notícia impressionante: três médicos, que estavam participando de um congresso, foram assassinados simplesmente porque um deles se parecia com um miliciano. Como se não bastasse, um tribunal paralelo foi feito e outra notícia foi divulgada hoje: os homens que mataram esses médicos, foram mortos pelos próprios bandidos que o julgaram culpados por um erro desses!

Como assim? Violência justificando violência?! Pronto?! Resolvido? Matamos quem matou, então ficou tudo zero a zero? 

Fico pensando de onde vem tanta violência. As pessoas perderam totalmente a noção daquilo que é certo ou errado. A insegurança paira em nosso país e, infelizmente, com mais intensidade em nosso estado do Rio de de Janeiro, em nossa cidade, do Rio de Janeiro, a chamada "Cidade Maravilhosa"! E, de fato é. Linda demais! No entanto, perigosa. Uma verdadeira Jezabel! 

Quem são os culpados? Vários: governadores, prefeitos, presidentes...nós! Todos eles e mais o próprio povo que os imita e têm a permissão deles (velada, mas revelada) de fazer isso. A liberação das armas, o armamento do povo, veio como uma mensagem de permissão para se fazer justiça com as próprias mãos, travestida de "o cidadão tem o direito de se defender" (então "bora" armar essa gente). Sim, temos o direito de nos defender, isso é lógico, mas não a qualquer custo: primeiro atira depois pergunta!? Mas é assim que vem acontecendo, porque a insegurança impera, logo, na dúvida, primeiro atira.

Não estou colocando a culpa nas vítimas e inocentando os assassinos. Apenas estou refletindo: até que ponto, todos nós puxamos aquele gatilho de uma forma ou de outra? Até que ponto fomos permissivos que isso chegasse a esse ponto? Até onde fomos coniventes com a morte de tanta gente inocente, dentre as quais crianças?!

Sou uma pessoa cristã. Creio no Amor, apesar de achar que muitos acham que isso está bem ultrapassado. Não importa. O Amor é uma força poderosa. A mais poderosa de todas as forças. Capaz de remover montanhas e, como diz a música de Ivan Lins: 
O amor junta os pedaços quando um coração se quebra
mesmo que seja de aço, mesmo que seja de pedra.
fica tão cicatrizado, que ninguém diz que é colado.

Está na hora, e acho que já passou, que todos aqueles que, como eu acreditam no Amor, unam forças para combater essa violência desmedida. Essa é nossa função: exercer e ensinar o Amor. Só essa força poderosa pode contem essa violência. Nada mais pode. O governo não pode. Nem presidente, nem o prefeito, nem o vereador, nem... Só o Amor pode. E como filhos do Amor, temos a obrigação, não de provocar partidarismos em igreja e apoiar candidatos A ou B. Mas de sermos uma unidade sonora, arautos em uma só voz que diz: "Somos do partido do Amor Verdadeiro! Aquele de 1 Coríntios 13, não levantamos bandeiras para políticos que incitam a violência e apoiam a vingança da morte com morte" (porque é isso que essa gente vem fazendo!). Nossa marca de pertencimento não é a arminha feita com os dedinhos e nem o "L" feito com os mesmo dedinhos (só virar a posição), mas é a cruz de Cristo no nosso coração (e também não é aquela cruz dos pingentes e das camisetas), nosso registro de filhos do Amor, está dentro de nós e se expressa em nossas ações e comportamentos.

O tempo do "olho por olho, dente por dente" já passou. Naquele tempo (e isso já faz bem uns meros 4.000 anos!!!!) isso era necessário, mas agora é abominação! 

O Amor é Soberano! Sempre! Independente de alguns acharem que "já era"!

Viva o Amor!!!!